E se a gravidade fosse voluntária?
Assim como quando lembramos que precisamos respirar.
Ou quando percebemos como é estranho forçar algo simples como uma piscada.
Quando esquecemos de ficar no modo automático, tudo fica mais real.
Quando tiramos o fone com a música alta e reparamos no barulho do tênis tocando o chão.
Quando lembramos como é relaxante sair de casa de chinelos e bermuda.
Como quando lembramos de finalmente resolver algo simples.
Como lembrar de pegar a tampa da caneta da sala que ficou na gaveta do seu trabalho.
E se esquecêssemos como a gravidade funciona?
Se fosse apenas uma questão de entendimento geral, uma regra.
A negação da gravidade acabaria com o sentido de peso.
E criaria um mundo onde balões de hélio flutuariam normalmente ao lado das rochas.
Onde a altura é mera questão de alcance.
E sonhar alto é só questão de esperança.
Como se jogar no chão e errar era voar para Adams.
Saltar pode ser um empurrão para o infinito.
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