sexta-feira, 8 de março de 2013

[Cinema] Crítica: Argo - 2012

A profissão de Tony Mendez (Ben Affleck) é resgatar cidadãos americanos presos em outros países. Dessa vez, o resgate seria muito mais arriscado. O ano é 1979 e o país é o Irã. Depois que o ex-governante do país Mohammad Reza Pahlavi procura um tratamento de saúde nos EUA, a população iraniana queria a extradição (leia-se a cabeça do ditador). E assim começou uma série de protestos que chegou ao limite após a população enfurecida invadir embaixada americana no país.

Dentro da embaixada e no meio da fuga, os funcionários queimam os documentos para proteger a imagem americana e preservar a identidade dos funcionários. Seis pessoas conseguem fugir e se abrigar na embaixada canadense no Teerã. Agora, a missão americana era fazer um plano de resgate a essas pessoas, de forma que o povo nas ruas não os vissem.

Tony sugere um plano no qual será feito uma falsa produção de um filme. Após contratar um renomado especialista de maquiagem cinematográfica e de um ator, Tony recebe roteiros no qual a falsa produção iria se inspirar. Para o projeto dar certo, deveria também enganar Hollywood. O escolhido é Argo. Uma produção de ficção científica que supostamente se passaria no Oriente Médio. 


Os funcionários reféns, seriam os câmeras, produtores, atores...assim com a desculpa da gravação do Argo, a equipe liderada por Tony tentaria uma fuga até o aeroporto. O governo americano de início é contra, porém, percebe que apesar de louca, essa era uma das poucas ideias plausíveis para retirar os funcionários das mãos dos rebeldes. 

E assim, Argo consegue conquistar o seu público. As ruas que estão cercadas de manifestações nas ruas, as novas identidades canadenses, todo o conflito envolta da situação, que tem um povo que quer reerguer seu país e achou como "solução temporária", culpar os funcionários americanos. A equipe liderada por Tony, recebe ajuda da CIA, que dos EUA, faz o possível para que a operação tenha sucesso. 

Ben Affleck faz uma incrível atuação e direção. O filme mostra momentos de tensão que são difíceis de se alcançar nos tipos de filme iguais a Argo. Seu ponto máximo é o nervosismo e os momentos de tensão. É difícil se colocar no lugar de todos os funcionários, e ainda mais no lugar de Tony, que mesmo com um filho o aguardando em casa, viajou para um país com grandes chances da operação fracassar.


A ação mostra que o Irã é mais um pais frágil e que o Canadá ganhou com os EUA um aliado para toda a história. Os Oscars recebidos, são realmente merecidos. 
É realmente uma pena que a Academia que considerou o filme perfeito, não considera o maior responsável pelo sucesso do filme, o diretor Ben Affleck, também um vencedor. 


Uma curiosidade é que o produtor do filme é George Clooney que bateu um recorde na história do Oscar. O ator já foi indicado em seis categorias diferentes (ator, ator coadjuvante, diretor, roteiro original, roteiro adaptado e filme), fato que apenas Walt Disney conseguiu com suas animações. Bem versátil esse Clooney.


Argo é um filme baseado em fatos reais e além de um grande filme, mostra a história e uma grande adaptação. Argo venceu o Oscar de Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor Filme. 
Prova que Ben Affleck é um grande a ator e agora, um diretor de ponta. Só a Academia que não viu. 
Argo é o melhor filme do ano e Affleck é o grande responsável por isso.

Nota (de zero a cinco): 5

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