quarta-feira, 9 de outubro de 2013

[Games] Crítica: Video Games Live 2013

Os games nunca deixaram de vender. Pelo contrário, o mercado de jogos eletrônicos nunca esteve tão aquecido. Apenas em 2012, a área cresceu 60% em relação ao ano de 2011, colocando o mercado brasileiro como o de maior crescimento em todo o mundo nesta época.

A pirataria também se viu obrigada a reduzir e o Brasil vem mostrando que o mercado de games está cada vez mais sólido no país. Mostrando que o país é a bola da vez no cenário internacional, as empresas investem cada vez mais em jogos localizados para o português, o que coloca nosso país nos próximos anos como o terceiro principal consumidor de games no mundo.

Essa tendência de crescimento apenas coloca em evidência que o público, principalmente os homens de 15 a 35 anos, é consumidor fiel e que não se contenta apenas com a compra e venda de jogos.

Na cidade de São Paulo, os games podem ser considerados mais do que coisa de criança. É um negócio que pode gerar lucro e mais do que tudo, pode garantir diversão e lazer a qualquer momento e em diversos pontos espalhados pela capital.

Atualmente, os próprios games organizam encontros em shoppings ou praças de SP, com o intuito de interatividade nos jogos e na vida real. Não apenas com consoles ou portáteis, mas através de música, filmes ou arte.

Se a qualidade dos já comuns filmes baseados em games é contestada em Hollywood, a música sempre foi motivo de orgulho dos nostálgicos nerds. A trilha sonora, tanto dos jogos antigos de Atari, Super Nintendo ou Mega Drive, quanto os atuais da nova geração, são verdadeiras obras de arte.

E é justamente na relação arte, vídeo game e entretenimento que foi criada a Vídeo Games Live por Tommy Tallarico, o maior compositor de game music do mundo (compôs trilhas para 275 jogos, como Tony Hawk Pro Skater, Spider Man, Earth worm Jim, Unreal, Mortal Kombat, e Time Crisis). Tommy também é o fundador e presidente da Game Áudio Network, organização sem fins lucrativos que tem o objetivo de promover a excelência nas trilhas dos jogos eletrônicos.

Antes mesmo de entrar na casa de shows, o público característico mostrava o amor pelos games, cada um com a sua referência. Com uma touca do Link, um chapéu do Mário, uma camiseta do Mega Man... a entrada virou um verdadeiro show de referências à cultura dos games.

A VGL é um concerto que conta com uma orquestra que apresenta trilhas sonoras memoráveis de dezenas de jogos da antiguidade e da atualidade.

Foto: Diego Bezerra

Pensando em ouvir e viver a nostalgia na sua mais pura essência, compareci na oitava edição do concerto da VGL neste domingo (6), no HSBC Brasil. Na verdade, ganhei um ingresso do irmão de um grande amigo no último minuto, provando que grandes momentos precisam de um pouco de sorte. O show teve presença da Orquestra Sinfônica Villa-Lobos que apresentou coro, solistas, percussionistas e arranjos musicais renovados e com uma qualidade digna de tirar lágrimas de muitos marmanjos barbudos.

O evento conta com competições de Guitar Hero, Super Smash Bros Melee (no qual o meu irmão venceu e recebeu uma camiseta e um DVD do show) e diversas outras formas de interação. Todas as referências da orquestra são ligadas ao mundo do vídeo game e o público retribuía, entendia e dava risada com cada citação.

Foto: Diego Bezerra

Um show de trilha sonora com uma orquestra com o publico sentado em mesas? Nada disso, no começo o próprio Tommy diz que aquele não é um show para observar e absorver e sim para interagir e assobiar ou murmurar aquela sua música favorita.

Além de apresentar músicas de séries clássicas como Chrono Trigger, Final Fantasy, The Legend of Zelda, Mario, Sonic the Hedgehog, Mega Man, Metal Gear Solid e mais vários outros.

Focando na nostalgia, a Vídeo Games Live consegue apresentar música clássica, games, entretenimento, interação e humor em apenas um show impecável de aproximadamente duas horas.


Tenho certeza que a cada música, cada pessoa sentada naquelas mesas se imaginou criança, sentado no chão jogando vídeo game. Quando as preocupações eram saber se o seu jogo estava na locadora ou se alguém tinha excluído o seu save na semana passada. Uma orquestra que te faz voltar à infância. Nada mal para um final de domingo na fria cidade de São Paulo.

Nota (de zero a cinco): 5

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